domingo, 24 de agosto de 2014

Exoesqueleto dá força sobre-humana a trabalhadores

Operário biomecatrônico
Os trabalhadores que vão construir um dos maiores navios do mundo vão contar com a ajuda de exoesqueletos robóticos que os permitirão carregar peças de até 100 quilogramas (kg) como se elas não pesassem nada.
O exoesqueleto se encaixa em qualquer pessoa entre 1,60 e 1,85 metro de altura.
Os trabalhadores não sentem o peso da armação de 28 kg de fibra de carbono, ligas de alumínio e aço, uma vez que a estrutura se autossustenta e foi projetada para seguir os movimentos do trabalhador por meio de sensores.
As baterias dão ao exoesqueleto uma autonomia de 3 horas.
Quadros especiais projetados para tarefas específicas podem ser anexados à mochila, algumas passando sobre a cabeça ou os ombros do trabalhador, como no caso do pequeno guindaste mostrado na imagem.
Além de aumentar a capacidade de elevação de carga, o traje robótico ajuda os trabalhadores a manipular componentes pesados com precisão, já que as manobras são feitas como se eles estivessem manuseando um objeto virtualmente sem peso.
Exoesqueleto dá força sobre-humana a trabalhadores
Super Operário
No estaleiro, que está sendo montado na Coreia do Sul, alguns trabalhadores já podem ser vistos vestidos com a roupa robótica, que está em fase final de testes, conduzidos pela Daewoo Shipbuilding and Marine Engineering.
A empresa, um dos maiores construtores navais do mundo, afirma querer dar um salto tecnológico na sua linha de produção dando uma "força sobre-humana" aos seus trabalhadores.
A equipe está trabalhando para melhorar os protótipos para que eles possam entrar em uso regular no estaleiro, onde robôs industriais já executam uma grande parte de um sistema de montagem que é extremamente complexo.
Gilwhoan Chu, engenheiro-chefe do projeto, afirma que o teste piloto mostrou que o exoesqueleto de fato ajuda os trabalhadores a executar suas tarefas - o protótipo só podia levantar 30 kg.
Fonte: Site Inovação Técnologica

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Primeiro implante de uma prótese robótica controlada pelo pensamento

Primeiro implante de uma prótese robótica controlada pelo pensamento
Os impulsos elétricos que vêm pelos nervos do paciente serão capturados
por uma interface neural que os enviará através do implante de titânio,
tornando o equipamento uma prótese biônica verdadeira.



Muitos cérebros
Já está agendada a primeira cirurgia para implantar em um paciente um braço robótico controlado pelo pensamento.
O implante será feito até Janeiro na Universidade de Chalmers, na Suécia, pelo grupo do Dr. Max Ortiz Catalan.
A cirurgia será um marco longamente esperado de uma área tipicamente multidisciplinar que, além dos cirurgiões, reúne neurologistas, roboticistas, engenheiros de diversas especialidades, programadores de computador e matemáticos.
"Nossa tecnologia ajudará os amputados a controlar um membro artificial de forma muito parecida com o que eles faziam com sua mão ou braço naturais, usando os próprios nervos e músculos remanescentes," disse Catalan.
Prótese com controle neural
Desde os anos 1960 existem próteses controladas pelos impulsos elétricos dos músculos, mas a tecnologia de controle parece não ter progredido desde então.
Isto fez com que recentemente uma associação médica europeia lançou um manifesto afirmando que era inaceitável a qualidade atual das chamadas próteses robóticas:
O problema é que existem mãos e braços robóticos muito precisos e avançados, mas é muito difícil controlá-los, o que impede que elas virem próteses de fato e cheguem aos pacientes.
Por isso foi preciso esperar tanto tempo até que fosse possível receber diretamente os impulsos do cérebro.
Biomecatrônica
"Nós desenvolvemos uma nova interface bidirecional com o corpo humano, juntamente com um sistema de controle intuitivo e natural," disse Catalan.
Outra exigência para um funcionamento mais suave das próteses robóticas foi a osseointegração - em vez de ser conectada ao braço por um soquete, a prótese será ligada diretamente aos ossos do paciente por meio de um implante de titânio.
"A osseointegração é vital para o nosso sucesso. Nós agora estamos usando a tecnologia para conseguir um acesso permanente aos eletrodos que serão ligados diretamente aos nervos e músculos," explicou o pesquisador.
Atualmente, os eletrodos que captam os sinais elétricos são postos sobre a pele, o que altera os sinais conforme a pele se move ou o usuário transpira. O resultado é tão ruim que 50% dos pacientes que experimentam as atuais próteses robóticas desistem de usá-las.
Primeiro implante de uma prótese robótica controlada pelo pensamento
O Dr. Max Ortiz Catalan sonha com o dia em que suas próteses biomecatrônicas poderão sair dos laboratórios e se tornar acessíveis a todos os amputados. [Imagem: Oscar Mattsson]
Prótese biônica
Neste experimento pioneiro, os pesquisadores vão implantar os eletrodos diretamente nos nervos e nos músculos remanescentes.
Os impulsos elétricos que vêm pelos nervos do paciente serão capturados por uma interface neural que os enviará através do implante de titânio.
O circuito eletrônico da prótese usará sofisticados algoritmos para interpretar os sinais neurais e transformá-los em comandos para o braço robótico.
Como os eletrodos estarão mais próximos da fonte e o corpo funcionará como proteção, os sinais bioelétricos deverão ser mais estáveis, permitindo que a prótese robótica atende melhor aos comandos.
Isto torna o equipamento verdadeiramente uma prótese biônica.
Linha de chegada
"Testando o método em poucos pacientes, poderemos mostrar que a tecnologia funciona e então espero obter mais subsídios para continuar os estudos clínicos e desenvolver mais a tecnologia. Esta tecnologia poderá, então, tornar-se uma realidade para muitas pessoas.
"Queremos sair do laboratório e nos tornarmos parte da vida diária dos pacientes. Se o primeiras operações neste inverno [europeu] forem bem-sucedidas, seremos o primeiro grupo de pesquisa no mundo a tornar as 'próteses controladas pelo pensamento' uma realidade para os pacientes usarem em suas atividades diárias, e não somente dentro dos laboratórios de pesquisa," concluiu Catalan.
Fonte: Site Inovação Tecnológica